Edimburgo e a INTUIÇÃO



Bom, como já contei, minha única certeza quando decidi pegar o avião no dia 25 de janeiro, era que passaria uma semana em Edimburgo, em hostel.
A vida no hostel era bem legal, virava e mexia aparecia uma pessoa bacana e que se tornava uma companhia (considerando que estava sozinha).
O fato é que não ter uma privacidade se quer pesava, e eu queria ficar mais introspectiva, quer queira quer não.
O fato também do banheiro ser comunitário e não privado para o quarto também me fazia querer ter um espaço só para mim. 
Foi aí que descobri o Gumtree (melhor ferramenta do Reino Unido), nessa plataforma você busca por tudo: emprego, mobília, apartamento e aluguel de quartos, entre outras coisas.
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Comecei uma busca incessante por lugar para morar (sim, tudo primeira semana). 
Mal cheguei em Edimburgo e decidi que ficaria mais. Para terem noção de como é uma cidade encantadora. (Depois eu faço um post contando dicas e lugares de Edinburgh).
Nessa primeira busca encontrei 3 opções aceitáveis: 1) morar com uma senhora mexicana em um apartamento super limpo; 2) morar com uma mãe solteira italiana e seu filho de pouco menos que 2 anos; e 3) morar numa república com mais 5 moleques, numa completa bagunça, e vivendo na marola o dia todo.
Bom, depois de muito pensar, fiquei com a opção 1 e defini que só ficaria uma semana para avaliar se de fato daria certo. 
Os primeiros dias com a senhora mexicana foram ótimos, ela em si é uma pessoa muito agradável, mas eu sentia que ela tinha uma energia pesada. Sem colocar muitas informações aqui sobre a vida alheia (até porque nem saberia o que de fato é ou não verdade), ela tinha problemas familiares muito fortes e eu sentia que eu passara a ser sua companhia, mas isso, naquele momento, era um fardo grande para mim. Como tínhamos definido uma semana a princípio e ela já tinha confirmado com outra garota que alugaria o quarto, voltei a minha busca.
Nessa segunda busca, encontrei apenas uma opção aceitável: morar com um indiano tendo um quarto com banheiro só para mim. Sim, um homem indiano! Mas que, de certa forma, senti que era uma boa pessoa, de paz. Aí apareceu a INTUIÇÃO! 
Bom, no meio do caminho a garota que entraria no meu lugar no apartamento da mexicana cancelou a ida, sendo assim acabei ficando com a questão de continuar no certo/conhecido, ou ir para o duvidoso.
O mais racional das escolhas seria me manter na mexicana, até porque ela me tratava como uma filha, fazia comidas gostosas para mim e tudo mais. Mas eu não me sentia tão bem, não via tanta verdade nela. 
Frente a isso, segui minha intuição e fui morar no indiano. 
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A intuição é algo tão louco, é como uma pessoa dentro de nós mesmos que nos diz o que fazer, para onde ir. O fato é que eu resolvi segui-la e eu realmente acredito que se você está fazendo bem, está aberta, emanando bons pensamentos/energia, a intuição não falha, ela sempre te levará para o melhor que for para você naquele momento. 
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Não vou dizer que morar com o indiano foi a coisa mais fácil do mundo, que é a melhor pessoa que encontrei. Não! Pelo contrário, não foi (ou melhor, está sendo) fácil. Ele é super bagunceiro, a cozinha fica uma zona se eu não arrumo (apesar que ultimamente ele tem contribuído para mantê-la), ele arrota alto (isso me irrita muito), entre outras ações que não gosto. Mas acho que valeu a pena a escolha, já fizemos uma viagem para ilha de Skye juntos, ele me ensina algumas comidas indianas e nos tratamos bem. Acho que ele tinha que passar por mim para me provocar algumas reflexões. 
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A mensagem aqui é para que sigam suas intuições! Não importa para onde ela te leve, confia que ela está te levando para onde você deveria estar!
Até breve ❤️


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